sábado, 4 de abril de 2009

Texto do Rafael

Pois é... a falta de inspiração me consomem!!!! O jeito é postar o texto de um gato ae...



Em uma tarde de junho, os céus estavam sem seu esplendor ; cercado
por uma nuvem negra de rancor gerado pela civilização. As ruas
ecoam com o som alto e sincronizado do marchar de inúmeras pessoas;
braços são erguidos; gritos são ouvidos de longe; faixas são
erguidas.
O monstro espreita com armas; armas que sopram fogo
de boca prateadas; armas que quebram ossos com sua couraça transparente.
As
pessoas não temem o choque das garras negras batendo em um ritmo
único contra a couraça. O monstro não teme o clamor de incomensuráveis
vozes caminhando em sua direção, e em resposta os golpes contra
a couraça aumentam a força, causando assim o inicio de um embate
visual.
De um lado uma causa a ser defendida do outro aqueles
que julgam que a ordem deve ser mantida; a visão dos oprimidos
se debate com o reflexo da armadura negra do monstro que em nenhum
momento demonstra ter medo ou ate mesmo arrisco em dizer se
algum dia chegou a sentir alguma emoção ou sensação. Não sei
dizer se foram segundos ou se foram seculos que esse embate durou,
mas sei dizer com certeza quem começou o massacre, do coração
da fera um sopro de fumaça branco cruzou o céu causando dor e
desgraça naquelas que o encaravam. Em resposta uma luz dourada
corta o mar cinza, vindo do coração de uma multidão enraivecida,
batendo contra o muro da imponência causando assim uma reação
em cadeia.
O Monstro corre em direção ao povo que não foge,
ao contrario avança e percorre o espaço em uma velocidade surpreendente
se de gladiando contra o opressor. A chuva começa mas nada muda;
pessoas continuam gritando; ossos continuam quebrando; a fumaça
branca continua pairando e tirando o equilíbrio desse confronto.
Meu
ultimo movimento naquele momento foi acender a raiva que eu possuía
em uma garrafa de Jack preenchida com álcool e atira-la contra
a mutação que chamam de estado. A garrafa estoura contra o escudo
engolindo uma parte do monstro em chamas; chamas da raiva que
ficou acumulada durante anos de repressão; chamas do fulgor de
uma sociedade que precisa de ajuda; chamas de um um único espirito
um único movimento. A mascara que cobre meu rosto e arrancada
com um golpe quase decapitador ... meu corpo cai se destruindo
contra o solo, golpes vindos de diversas partes acertam ... sinto
o sangue quente deixando meu corpo ... o frio me toma.
Minha
mente vagueia em meus últimos suspiros de vida, vagueia sobre
o fim dessa guerra, vagueia sobre um resultado, vagueia sobre
minha esposa que deixei cuidando de meus dois filhos, vagueia
sobre o que eu fiz e me pergunto se realmente valeu a pena.



Rafael

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